segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Alimentação Infantil dos 0 aos 12 meses



Alimentação Infantil dos 0 aos 12 meses


A Organização Mundial de Saúde e a UNICEF aconselham EXCLUSIVAMENTE o aleitamento materno até aos 6 meses de vida do bebé, em regime livre, sem intervalos de tempo entre as mamadas, diurnos ou noturnos, sem qualquer outro tipo de leite ou suplemento. A alimentação da criança com leite materno é aconselhada até aos 3 anos de idade. Até ao terceiro dia do pós-parto (puerpério),dá-se a designada subida do leite. Até aí a mulher pode apresentar um leite com um aspecto de aguadilha, aparentemente em pequena quantidade, que induz muitas vezes a pensar que não é proveitoso para o bebé. No entanto, este primeiro leite, designado por Colostro, tem maior valor nutritivo que o próprio leite e apresenta anticorpos fundamentais para proporcionar defesas à criança, importantíssimas numa fase em que o bebé apenas tomou as primeiras vacinas. A mãe não deve portanto desvalorizar este primeiro leite e deve perceber, que mesmo não parecendo suficiente, é fundamental para a saúde do Recém-Nascido. Este colostro, a partir do sétimo dia, aproximadamente, começará a adquirir maior consistência e uma cor mais esbranquiçada, tornando-se num leite de transição, que posteriormente se tornará num leite maduro. A alimentação exclusiva com leite materno previne o desenvolvimento futuro de alergias, problemas respiratórios como a asma, problemas gastrointestinais, problemas renais e metabólicos. Outro aspecto de grande relevância prende-se com acto de amamentar ser um acto de profundo amor. A proximidade física promove a trocas de olhares, a sensação de segurança e pertença por parte do bebé ( através do odor da mãe e dos seus batimentos cardíacos) reforçando a vinculação entre ambos. O bebé não deve ingerir leite de vaca, dada a dificuldade que apresentará na sua digestão pela imaturidade do seu organismo. Se não houver alternativa deve respeitar-se a diluição de 2/3 de leite de vaca (UHT) e 1/3 de água fervida. Se o bebé está a ser amamentado não requer suplemento hídrico (água), este deve ser-lhe fornecido pelo leite materno, pelo que a mãe deve beber cerca de 2 litros de água por dia.


4 Meses





Nesta fase o bebé pode iniciar as papas SEM GLÚTEN , que sendo lácteas devem ser diluídas em água, doutro modo devem ser diluídas no leite materno. O leite materno após ser retirado, seja manualmente ou através de bomba, deve ser consumido em cerca de 40 minutos, se colocado ao ar ambiente. Se a sua conservação for efetuada em geladeira pode manter-se o seu estado de consercação entre 24 a 48 horas. O congelamento do leite materno deve ser evitado, na medida em que os antioxidantes, importantes para o metabolismo celular do bebé, se perdem durante o processo.

4 Meses

5/6 meses


Se o bebé ingeriu até esta idade leite de vaca, a partir dos 6 meses de idade este não requer diluição. Se a criança se encontra a fazer leite adaptado deve respeitar o tipo de leite adequado (de transição) à idade e a quantidade de água /número de colheres de leite, aquando da diluição. A poporção de água/ leite aos 6 meses de idade, deve ser de 240 ml de água para 8 porções de leite, efectuando 3 refeições destas por dia. Aos 5/6 meses o aparelho digestivo do bebé já está suficientemente desenvolvido para receber os alimentos sólidos e as crianças começam a precisar de mais calorias e nutrientes que o leite oferece. Nesta fase o bebé pode também iniciar as papas com glúten. É importante que os pais tenham consciência que eles mesmo podem preparar a alimentação dos seus filhos e que não é necessário alimentos infantis de produção industrial, o que algumas estratégias de Marketing levam muitas vezes a considerar. De uma forma geral, a partir dos 5/6 meses inicia-se a introdução dos vegetais sob a forma de puré (sopa), podendo utilizar-se inicialmente uma batata, uma cebola e uma cenoura, pois são os vegetais melhor tolerados. Não deverá acrescentar-se sal, e só depois dos legumes cozinhados e de estar fora do lume é que se introduz uma colher de sobremesa de azeite, pois as gorduras expostas a altas temperaturas sofrem transformações químicas que as tornam mais nocivas para a saúde. Se o bebé não apresentar nenhuma reacção alérgica a esta base, semana a semana será acrescentado mais um vegetal de cada vez, para que caso ocorra alguma reacção alérgica se possa identificar qual a sua origem. Por exemplo, pode acrescentar-se o nabo, a alface, a abóbora,o alho francês, os espinafres, etc. Aos 6 meses se a criança não apresentar indícios de problemas alérgicos deve introduzir-se a carne no creme de legumes, cerca de 20 a 30g, devendo inicialmente retirar-se a carne após a cozedura. De 7 em 7 dias pode integrar-se um novo tipo de carne (coelho, frango, galinha, peru ou cabrito), para despiste de alguma reacção alergénica a algum tipo de carne. Aos 7 meses pode introduzir-se o pão e bolachas- tipo maria- (com moderação para prevenir a obesidade infantil) e cereais com glúten. Pode efectuar uma papa de bolacha com fruta triturada, considerando que a bolacha maria é um alimento açucarado e com gordura pelo que deve ser consumida com moderação. Aos 7/8 meses o bebé pode efectuar 1 refeição completa, iniciando com sopa de legumes, prato e fruta. Para conteúdo dos pratos pode considerar-se papa de batata, farinha de pau, arroz ou massa bem cozidos e em papa, acompanhados de carne. Deve-se SEMPRE considerar que o nosso paladar é um paladar de hábitos e o bebé não deve ingerir sal ou condimentos desde cedo, na medida em que não sente a necessidade destes!


9 meses
Aos 9 meses pode introduzir o peixe na alimentação do bebé, por exemplo pescada, marmota, faneca e linguado, evitando os peixes gordos e com muitas espinhas. Deve cozer-se o peixe à parte, deve retirar-se as espinhas e só após adiciona-lo ao creme de legumes. Inicialmente deve cozer-se apenas 10gr de peixe e ir progredindo para os 30/40g até os 12 meses. A criança nesta altura pode fazer 2 refeições com legumes, uma com carne e outra com peixe, uma papa e as restantes refeições de leite. O ovo pode ser introduzido nesta altura, apenas a gema cozida, inicialmente ¼, após 3 dias pode ingerir ½ gema, 3 dias após ¾ e finalmente a gema na integra se não houve qualquer reacção alérgica. O creme de legumes a que adicionar a gema não deve conter carne ou peixe em virtude da quantidade de proteínas do ovo ser suficiente para o bebé. Não deve exceder 2 gemas por semana. As leguminosas secas ou frescas (feijão, grão, lentilhas, ervilhas, favas) devem ser bem cozidas e inicialmente trituradas com a varinha mágica e mais tarde com o garfo. Deve evitar-se que a criança ingira alimentos doces e ao cozinhar evitar o uso do sal. Deve oferecer-se ao bebé apenas água ou sumos naturais!


12 meses






A criança pode a partir desta idade iniciar a ingestão de leite de vaca, sem açúcar, cerca de 500ml por dia.Lembramos que as recomendações apontam para a ingestão de leite materno até aos três anos de idade. Pode iniciar o iogurte natural sem açúcar, pode adicionar-lhe pequenos pedaços de fruta fresca. Iogurtes concentrados estão desaconselhados. A criança pode começar a integrar o regime alimentar da família considerando, sempre, a moderação no uso dos condimentos usados na cozinha. Deve dar-se preferência aos cozidos e grelhados e evitar-se os fritos ou assados. A criança deve progredir na ingestão das leguminosas e deve nesta fase iniciar a ingestão do ovo na totalidade se não manifestou até então qualquer tipo de alergia em relação ao anterior. Alimentos como o kiwi, morango, tomate e laranja, porque são potencialmente alergénicos, devem ser iniciados após o ano de idade e se a criança não tiver apresentado alergia a nenhum outro alimento. Nesta idade a criança pode demonstrar alguma diminuição do apetite que é fisiológica, ou seja normal, devido à desaceleração do crescimento que se verificava até então, o que conduz à diminuição da necessidade da quantidade de alimentos ingeridos. Oferecer à criança, apenas água ou sumos naturais e nunca bebidas alcoólicas, na medida em que esta atitude pode conduzir a danos irreparáveis na sua saúde! Este artigo não substitui as informações que lhe são dadas nas consultas de saúde infantil. Abordou-se a alimentação infantil de uma forma generalizada, no entanto, consoante as especificidades de cada criança será planeado entre a família e a sua equipa de saúde, o seu regime alimentar.

domingo, 20 de novembro de 2011

ENFERMAGEM O ATO DE CUIDAR

Diabetes/ Hipertensão

Diabetes/ Hipertensão 

A DIABETES 





Comemora-se no dia 14 de Novembro o Dia Mundial da Diabetes. Como queremos que fique informado quer no sentido de prevenir a doença, quer na adaptação a esta caso já se verifique, deixamos neste artigo algumas informações sobre a Diabetes.

O que é a Diabetes?

A Diabetes é uma doença metabólica em que o corpo não produz uma hormona chamada Insulina, ou produzindo-a, não a consegue utilizar eficazmente.

É uma doença em franca expansão e caracteriza-se por níveis elevados de glicose ( açucar ) no sangue.

Segundo a Organização Mundial de Saúde mais de 175 milhões de pessoas em todo o mundo têm Diabetes.

A Doença é conhecida como diabetes mellitus, sendo que diabetes deriva da palavra grega Sifão, que descreve o quadro de sede excessiva e urinar frequente. Mellitus é a palavra latina que designa mel, devido ao excesso de açucar tanto no sangue como na urina.

Sintomas e Complicações:

Os sintomas da Diabetes incluem:
- Aumento do número de vezes que se urina;
- Grande aumento de sede e/ou fome;
- Perda de Peso;
- Fadiga;
- Visão turva;
- Feridas que demoram a cicatrizar;
- Infecções repetidas;

Aprender a controlar a sua doença com o seu Enfermeiro é a melhor arma para prevenir complicações como:
- Doenças Cardíacas;
- Hipertensão Arterial;
- Enfarte do Miocárdio;
- Acidentes Vasculares Cerebrais;
- Tromboses;
- Disfunção dos Rins e/ou Fígado;
- Cegueira;
- Infecções graves dos pés e pernas, que podem levar à amputação.

Há três tipos principais de Diabetes:

Diabetes Tipo 1- Também conhecida por diabetes insulinodependente, pois o corpo não produz insulina. Este tipo de diabetes é crónico e a pessoa para a controlar terá de tomar injecções de insulina com frequência diária ( ou várias vezes por dia, de acordo com o plano de tratamento definido pelo médico na consulta ); Este tipo de diabetes acontece frequentemente em pessoas com menos de 20 anos de idade, pelo que também poderá ouvir a designação de Diabetes Juvenil.A causa para esta doença é a destruição das células do pâncreas ( orgão onde se produz a insulina ), impossibilitando a produção da hormona referida.Assim, o tratamento deste tipo de Diabetes são as injecções de insulina, aliadas ao exercício físico e a uma alimentação cuidada.

Os sintomas da Diabetes tipo 1 são:
- Sede intensa;
- Urinar frequente;
- Presença de açucar na urina;
- Um cheiro a acetona emanado pelo corpo;
- Fadiga, fraqueza;
- Excessiva perda de peso num curto espaço de tempo, sem causa aparente.

Apesar das causas da Diabetes serem desconhecidas, há certos factores de risco que podem aumentar a possibilidade de desenvolver a diabetes tipo 1:
- Descendência étnica ou raça ( é mais comum em pessoas de raça caucasiana ( brancas ))
- A existência de um familiar ( por exemplo avós ) com Diabetes.

Diabetes tipo 2- É o tipo mais comum de diabetes e pode ter vários graus de severidade. É também conhecida por Diabetes do Adulto ou Diabetes Não Insulino Dependente ( DNID ).As pessoas que têm este tipo de Diabetes, produzem insulina, mas não a conseguem utilizar adequadamente pelo corpo.Muitas destas pessoas conseguem controlar a doença com exercício físico e alimentação cuidada, não necessitando de medicação. Nos indivíduos obesos, o controlo da Diabetes tipo 2 passa muitas vezes por uma dieta e controlo do peso.Com a progressão da doença, poderá ser necessário tomar anti-diabéticos orais ( comprimidos ) ou insulina.

Os factores de risco que aumentam a predisposição das pessoas para esta condição são:
- Idade ( acima dos 45 anos );
- Ter peso excessivo ou obesidade;
- Ter uma história familiar de diabetes;
- Descendência étnica ou raça ( Indígenas, Africanos, Hispanicos ou de descendência asiática );
- Parir um bebé de alto peso ( com mais de 4 Kg );

Os sintomas deste tipo de diabetes são idênticos aos da tipo 1, mas podem ainda verificar-se aumento de tempo de cicatrização de feridas, infecções urinárias recorrentes, tremuras nas mãos e pés.

Diabetes Gestacional- É outro tipo comum de diabetes, que surge temporariamente durante a gravidez.Exigências excessivas ao pâncreas durante a gravidez, provocam o desenvolvimento da diabetes na mulher. Geralmente desaparece depois do parto, mas a mulher fica com o risco de poder desenvolver novamente a doença. Também o bebé pode desenvolver diabetes.É maior o risco da mulher desenvolver uma Diabetes tipo 2, se tiver um bebé com mais de 4 Kg de peso, como já referido em cima.Neste caso, o tratamento envolve uma dieta cuidada, exercício físico e em alguns casos toma de insulina.

Prevenir e Controlar é possível:

Se tem algum antecedente que propicie o desenvolvimento da Diabetes, visite regularmente ( pelo menos uma vez por ano ) o seu médico de família, para fazer uma consulta médica de rotina. A detecção precoce de alterações pode fazer a diferença entre o controlo da doença e as complicações graves.

Consulte regularmente o seu Enfermeiro de Família para obter informações/orientações sobre estilos de vida saudáveis e estratégias de prevenção da doença. O seu Enfermeiro fará uma orientação adequada à sua família.Caso tenha desenvolvido a doença, frequente regularmente as Consultas de Enfermagem para Diabéticos, onde será orientado para controlar regularmente os seus níveis de açucar, será examinado e instruido a auto-examinar-se, para prevenir complicações como o pé diabético ( ferida no pé com risco de amputação ) e serão criadas para si e para a sua família estratégias de adaptação e controlo da sua doença, com regimes terapêuticos (medicamentosos, alimentares e de exercício) à sua medida e da sua família.

As avaliações pontuais de glicemia, sem um plano especializado e adequado à sua condição, bem como a ausência do registo destes valores no seu livro de Diabético, não permite avaliar o controlo da sua doença. Deve, por isso, procurar controlar a sua doença, junto da sua equipa de saúde - Médico e Enfermeiro de Família.

Links a visitar:

http://www.comunidadediabetes.com.pt/view.asp?ID=1

Enfermagem - Evolução Histórica


Enfermagem - Evolução Histórica



Neste  texto , pincela-se n, os traços que consideramos oportunos para a compreensão da evolução histórica da Enfermagem. 








A profissão surgiu do desenvolvimento e evolução das práticas de saúde no decorrer dos períodos históricos. As práticas de saúde instintivas foram as primeiras formas de prestação de assistência.


Num primeiro estágio da civilização, estas ações garantiam ao homem a manutenção da sua sobrevivência, estando na sua origem, associadas ao trabalho feminino, caracterizado pela prática do cuidar nos grupos nómadas primitivos, tendo como base as concepções evolucionistas e teológicas. Mas, como o domínio dos meios de cura passaram a significar poder, o homem, aliando este conhecimento ao misticismo, fortaleceu tal poder e apoderou-se dele.


Quanto à Enfermagem, as únicas referências à época em questão estão relacionadas com a prática domiciliar de partos e a actuação pouco clara de mulheres de classe social elevada que dividiam as atividades dos templos com os sacerdotes.


As práticas de saúde mágico-sacerdotais, abordavam a relação mística entre as práticas religiosas e de saúde primitivas, desenvolvidas pelos sacerdotes nos templos. Este período corresponde à fase de Empirismo, verificada antes do surgimento da especulação filosófica que ocorre por volta do século V a.c.


Essas ações permanecem por muitos séculos desenvolvidas nos templos que, a princípio, foram simultâneamente santuários e escolas, onde os conceitos primitivos de saúde eram ensinados.


Posteriormente, desenvolveram-se escolas específicas para o ensino da arte de curar no sul da Itália e na Sicília, propagando-se pelos grandes centros do comércio, nas ilhas e cidades da costa. Naquelas escolas pré-hipocráticas, eram variadas as concepções acerca do funcionamento do corpo humano, os seus distúrbios e doenças, concepções essas, que, por muito tempo, marcaram a fase empírica da evolução dos conhecimentos em saúde.


O ensino era vinculado à orientação da filosofia e das artes e os estudantes viviam em estreita ligação com seus mestres, formando as famílias, as quais serviam de referência para mais tarde se organizarem em castas. As práticas de saúde no alvorecer da ciência relacionam a evolução das práticas de saúde, ao surgimento da filosofia e ao progresso da ciência, quando estas então se baseavam nas relações de causa e efeito.


Inicia-se no século V a.c., estendendo-se até os primeiros séculos da Era Cristã. A prática de saúde, antes mística e sacerdotal, passa agora a ser um produto desta nova fase, baseando-se essencialmente na experiência, no conhecimento da natureza, no raciocínio lógico - que desencadeia uma relação de causa e efeito para as doenças - e na especulação filosófica, baseada na investigação livre e na observação dos fenómenos, limitada, entretanto, pela ausência quase total de conhecimentos anatomo-fisiológicos.


Essa prática individualista volta-se para o homem e as suas relações com a natureza e suas leis imutáveis. Este período é considerado pela medicina grega como período hipocrático, destacando a figura de Hipócrates que como pode ler no artigo "Os Cuidados de Saúde na História", propôs uma nova concepção em saúde, dissociando a arte de curar dos preceitos místicos e sacerdotais, através da utilização do método indutivo, da inspecção e da observação.


Não há caracterização nítida da prática de Enfermagem nesta época. As práticas de saúde monástico-medievais focalizavam a influência dos fatores sócio-económicos e políticos mediavais e da sociedade feudal nas práticas de saúde e as relações destas com o cristianismo. Esta época corresponde ao aparecimento da Enfermagem como prática leiga, desenvolvida por religiosos e abrange o período medieval compreendido entre os séculos V e XIII.


Foi um período que deixou como legado uma série de valores que, com o passar dos tempos, foram aos poucos legitimados a aceites pela sociedade como características inerentes à Enfermagem. A abnegação, o espírito de serviço, a obediência e outros atributos que dão à Enfermagem, não uma conotação de prática profissional, mas de sacerdócio.


As práticas de saúde pós monásticas evidenciam a evolução das ações de saúde e, em especial, do exercício da Enfermagem no contexto dos movimentos Renascentistas e da Reforma Protestante. Corresponde ao período que vai do final do século XIII ao início do século XVI. A retomada da ciência, o progresso social e intelectual da Renancença e a evolução das universidades não constituíram factor de crescimento para a Enfermagem.


Enclausurada nos hospitais religiosos, permaneceu empírica e desarticulada durante muito tempo, vindo desagregar-se ainda mais a partir dos movimentos de Reforma Religiosa e das conturbações da Santa Inquisição. O hospital, já negligenciado, passa a ser um insalubre depósito de doentes, onde homens, mulheres e crianças utilizam as mesmas dependências, amontoados em quartos colectivos. Sob exploração deliberada, considerada um serviço doméstico, pela queda dos padrões morais que a sustentava, a prática de Enfermagem tornou-se indigna e sem atrativos para as mulheres de casta social elevada. Esta fase tempestuosa, que significou uma grave crise para a Enfermagem, permaneceu por muito tempo e apenas no limiar da revolução capitalista é que alguns movimentos reformadores, que partiram, principalmente, de iniciativas religiosas e sociais, tentam melhorar as condições do pessoal a serviço dos hospitais.


As práticas de saúde no mundo moderno analisam as ações de saúde e , em especial, as de Enfermagem, sob a ótica do sistema político-económico da sociedade capitalista. Ressaltam o surgimento da Enfermagem como atividade profissional institucionalizada. Esta análise inicia-se com a Revolução Industrial no século XVI e culmina com o surgimento da Enfermagem moderna na Inglaterra, no século XIX.


Desde então com o evoluir das Ciências e com todas as revoluções políticas que têm vindo a acontecer no mundo , a Enfermagem foi a profissão com maior e mais rápido desenvolvimento nos últimos 20 anos, adquirindo autonomia no ensino, enquadramento no ensino superior com atribuição de grau de Licenciatura e com Exercício de funções orientado e controlado por uma entidade própria - A Enfermagem é na atualidade encarada como uma mais valia na melhoria ds cuidados de saúde e da política e ecónomia de saúde, com participação ativa na Investigação e com estudos visando Mestrados e Doutoramentos em Ciências de Enfermagem.